quarta-feira, 27 de março de 2013

POR QUE SEMPRE TEM LUA CHEIA NA PÁSCOA?

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A imagem mostra uma enorme lua cheia atrás com a estátua do Cristo Redentor à frente

A lógica é a seguinte:

A Páscoa é uma comemoração originalmente judaica, era comemorada e existia antes mesmo da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo (que era judeu).  Hoje, há extrema confusão das significações tradicionais sobre a Páscoa, vamos entender porque:

A palavra "Páscoa" significa "passagem", no sentido de transformação, de um estágio para outro. Na antiguidade, era comemorada sempre na primeira lua cheia da primavera, a estação que representa o fim do período duro e "morto" do inverno, para a transformação da nova vida com fertilidade, novos brotos, novos nascimentos a fertilidade da primavera.

O motivo pelo qual SEMPRE temos lua cheia na Páscoa é por uma questão simples e técnica, antigamente, nos primórdios da comemoração da chegada da primavera, não havia luz elétrica e a lua cheia iluminava a festança que, assim, podia se estender por toda a noite.

Por esta lógica, aqui no hemisfério sul, onde se encontra o Brasil, nós devíamos comemorar a Páscoa em setembro/outubro, quando costuma ocorrer a primeira lua cheia da primavera para nós. Já que em março/abril inicia-se o outono. (né?)

De qualquer forma e seja como for, festeje a chegada da primavera, plantando boas ideias, mais amor, mais diversidade, mais respeito, mais coexistência... afinal, é tempo de plantar e colher em dobro, aproveite!

Feliz Páscoa e boas colheitas para todas as pessoas!

domingo, 10 de março de 2013

A PRIMEIRA REPÓRTER DO BRASIL

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A imagem é uma caricatura da primeira repórter brasileira Eugênia Brandão, sentada num banquinho datilografando numa máquina de escrever antiga, fumando um cigarro e com cabelos curtos tipo chanel.
O estilo de Eugênia Brandão 
Em 2007, quando ainda dava aulas na FATEA, fui procurado por uma das alunas com uma proposta de orientação de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) que me deixou intrigado logo no início da nossa conversa.

Seu objetivo era escrever um livro contando a história da primeira repórter brasileira. Naquele momento percebi que nem mesmo eu fazia ideia de quem teria sido a tal personagem. Até me esforcei para recordar de alguma menção durante o período da minha graduação, num livro, numa reportagem, numa conversa que fosse. Realmente, eu nunca havia ouvido falar em Eugênia Brandão, a interessantíssima primeira repórter brasileira.

Pensei: "como é que ninguém nunca escreveu um livro sobre isso???", achei pouco provável, dei um Google, pesquisei nos principais repositórios de pesquisa acadêmica, no Google e nada encontrei. Tive que me render a incrível capacidade de intuição daquela garota, "meio CDF", que havia encontrado um mapa de um grande tesouro, prestes a ser descoberto.

Lara Almeida, a autora deste E-book, era uma "garota pouco atrevida", como ela mesmo relata no prólogo, no entanto, desempenhou um trabalho digno de muitos aplausos e de quem já demonstrava, ainda nos bancos da faculdade talento e veia jornalística.

O professor Dr. Róbson Bastos, da Unitau e do Intercom,  pesquisador sobre a história da imprensa e que, inclusive, havia sido meu professor na graduação, escreveu no prefácio do livro uma boa síntese da autora: "A jornalista Lara – sim, ainda que esteja no caminho de sua formação, desempenhou com bravura os passos da profissão e já merece o título – demonstra um forte envolvimento, responsabilidade e compromisso com a história de Eugênia Brandão, aspecto essencial na bagagem de todo profissional da imprensa."

Esta história ainda não havia sido documentada com tal profundidade, salvo um ou outro relato numa reportagem de revista ou jornal. Este livro é fruto desse belo trabalho, que deve ser lido com o olhar instigante sem esquecer que foi o primeiro desta autora, ainda sem experiência, para assim se possa admirá-lo como se deve.
A imagem é um desenho da cena, relatada no livro, como a primeira reportagem de Eugênia Brandão. É um desenho com uma mulher caindo, como se levasse um tiro, um revólver em cima da cama e um cômoda ao fundo.
Cena da primeira grande reportagem de Eugênia Brandão

Invariavelmente no fatídico dia oito de março, dia das mulheres, em que se costuma lembrar das mulheres batalhadoras, fortes, guerreiras e que lutam pelos seus direitos eu me recordo dessa história da Eugênia Brandão e desta vez eu resolvi perguntar pra Lara se ela ainda tinha e os arquivos digitais do TCC e se poderia me enviar um PDF do livro que nunca foi publicado por nenhuma editora.

Acho um pecado imperdoável que esse trabalho fique restrito a uns poucos sortudos estudantes da FATEA que tem acesso à uma das raras versões impressas que existem desse livro (yeah, eu tenho uma comigo!), disponível na biblioteca da faculdade.

A autora me autorizou a compartilhar essa preciosidade com meus alunos(as), mas eu creio que ela mereça mais reconhecimento pelo seu trabalho que faz parte da história do jornalismo no Brasil, por isso estou presenteando meus leitores informívoros com o link para que vcs possam ler, compartilhar e homenageá-la também usando o e-book como referência nas tuas pesquisas.

No e-mail que recebi ela diz o seguinte: "fique à vontade para compartilhar com teus alunos. É muito gratificante poder compartilhar a história de Eugênia Brandão com futuros jornalistas e comunicólogos. Fiquei apaixonada pelo meu trabalho de TCC e espero que o mesmo aconteça com seus alunos. É mesmo uma experiência inesquecível."

Sim, é disto que se trata a minha homenagem a uma das minhas melhores alunas e ex-orientandas, cujo trabalho me enche de orgulho, boa leitura e consumo informívoro, faça bom uso do e-book e assim que puder agradeça à Lara.

Para ler o e-book basta clicar na imagem abaixo ou para baixar uma versão em PDF clicar no link direto > Eugênia Brandão a primeira repórter do Brasil